Na data de 24 de janeiro, a UNESCO (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) celebra o Dia Internacional da Educação. Esta é uma plataforma destinada a promoção da prática educacional como um direito humano e um aspecto crucial para o desenvolvimento social. Segundo dados da própria agência, atualmente cerca de 258 milhões de crianças e jovens não frequentam a escola e entorno de 4 milhões de refugiados não tem acesso a educação formal. Índices que apresentam um cenário alarmante de violação de um direito básico e que, não raro, pode ser acompanhado de outras infrações.
Visitantes no Museu da Imigração da Ilha das Flores. 21ª Semana de Museus
Em linhas gerais, a educação é um processo contínuo e sistemático de transmissão de conhecimento que engloba as mais diversas áreas do saber e desempenha um papel essencial na formação individual e coletiva. Portanto, essa não é uma atividade que se destina exclusivamente ao ambiente escolar, mas filia-se também a outros espaços. Inclusive, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), diretriz que orienta os currículos e as propostas pedagógicas do universo escolar brasileiro, incentiva a prática de atividades educacionais para além da sala de aula. Em 2019, o Instituto Oi Futuro realizou uma pesquisa em parceria com a Consumoteca, em que 55% dos estudantes entrevistados relataram ter sido a partir de passeios escolares o primeiro contato que tiveram museus e outros centros culturais.
Nesse contexto, organizações museais representam importante contribuição em traduzir saberes através de experiências imersivas e sensoriais que cumprem a função de estimular a curiosidade e senso exploratório de seus visitantes, ao proporcionar um contato mais próximo com artefatos históricos, obras de arte, elaborações científicas etc. Esses locais desempenham ainda um papel fundamental na preservação e divulgação do patrimônio cultural, não sendo apenas depositárias do passado, mas agentes ativos na construção de uma consciência social.